Cooperativas promovem monitoramento de Covid-19 em taxistas

Para oferecer maior segurança na prestação de serviços no Rio, 25 cooperativas de táxis estão realizando exames para monitoramento de diagnóstico de covid-19 nos motoristas associados. Além de segurança para os profissionais, a iniciativa também oferece maior segurança para o passageiro, que pode checar os resultados e a frequência dos exames por meio de um QR Code acessível dentro e fora do veículo.

Para o monitoramento, as cooperativas fecharam parceria com a Veus – empresa de tecnologia da saúde, que gerencia a operação dos exames, incluindo a estrutura para coleta de material –, equipes de técnicos em saúde, pontos de coleta de material de exame em drive-thrus espalhados por todo o Grande Rio, rede de laboratórios parceiros e o software para consolidação e disponibilização das informações de cada motorista.

“Nosso papel é facilitar ao máximo a manutenção da rotina de trabalho dos taxistas de forma segura. Além dos procedimentos técnicos, também monitoramos o intervalo de exames dos motoristas e enviamos aviso do prazo para que eles se apresentem para nova coleta de material”, explica o biomédico Fabio Veríssimo, responsável técnico da Veus.

O acompanhamento contínuo da categoria, além de auxiliar no controle da pandemia, também ajuda a economia da cidade, principalmente nesta época do ano, quando o Rio costuma receber grande número de visitantes e a demanda por serviço de táxi aumenta. “É bom que o turista saiba que os serviços na cidade são seguros”, afirma Antonio Rodrigues, primeiro taxista a aderir ao monitoramento, que já teve seu perfil de exames acessado por mais de 70 passageiros.

Neste momento delicado que estamos passando, a iniciativa do monitoramento traz mais segurança para os motoristas e passa maior credibilidade aos passageiros, que podem embarcar com mais confiança”, conta o motorista e diretor administrativo da cooperativa Aeros Dumont.

A participação dos motoristas é voluntária e totalmente gratuita. Ao concordar com a participação, o motorista recebe um QR Code personalizado (cada motorista tem o seu exclusivo) que deverá ser fixado em seu carro – nas laterais do veículo, nas janelas internas e no console. Com isso, o passageiro poderá consultar o histórico de acompanhamento dos testes realizados pelo motorista, antes mesmo de entrar no carro, bastando ler com o seu celular o QR Code. Todos os profissionais monitorados precisam estar de acordo com termo de autorização para que os seus dados possam ser apresentados ao público em geral.

Os primeiros motoristas atendidos são das cooperativas de táxi do Aeroporto Santos Dumont (Aeros Dumont), Coopataxi, Amarelinho e Transpataxi, somando mais de 300 adesões neste início de campanha. A expectativa é que, até o final de fevereiro, esteja em curso o monitoramento de mais de mil motoristas, com a ampliação da parceria para outras cooperativas e aplicativos de mobilidade. Em uma próxima etapa, o objetivo é monitorar profissionais da rede hoteleira da cidade.

Exames disponíveis

Estão disponíveis aos taxistas os exames: imunocromatográfico IgG/IgM (detecta anticorpos), imunocromatográfico de antígeno AG (detecta o vírus na fase ativa de infecção) e o RT-LAMP (detecta o vírus na fase ativa de infecção).

O exame imunocromatográfico IgG/IgM é realizado a partir da coleta de uma gota de sangue do dedo do paciente e mede a resposta imunológica do corpo em relação ao coronavírus, identificando se a pessoa está em fase de disseminação da doença ou se já desenvolveu anticorpos. O teste rápido de antígeno é realizado a partir de coleta através de SWAB (cotonete) de nasofaringe (narina) e detecta presença do vírus na fase ativa da infecção. Já o RT-LAMP é realizado a partir da coleta de 2ml de saliva em tubo coletor e identifica a presença ativa do vírus. A coleta para o teste LAMP é simples, segura e não invasiva.

Todos os exames realizados possuem registro na ANVISA. Todas as etapas do procedimento técnico são realizadas por laboratórios de análises clínicas credenciados na plataforma Veus, devidamente registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), licenciados pela ANVISA e participantes do programa de Controle de Qualidade Externo.

Fonte: Jornal O Dia

Richard Hollanda

Richard Hollanda

Analista de Comunicação e Tecnologia do Sistema OCB/RJ. Graduado em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida (UVA) e pós-graduado em Administração em Marketing e Comunicação Empresarial pela UVA.

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