Unimed Federação Rio realiza live Inclusão e Diversidade com apoio do Sescoop/RJ

No dia 16 de julho a Unimed Federação Rio realizou a live “Inclusão e Diversidade”, com o apoio do Sescoop/RJ. O evento, que foi aberto ao público em geral, abordou temas como racismo estrutural, colorismo, direitos da mulher, feminismo e representatividade LGBTQIA+ para gerar um debate e incentivar à conscientização e o respeito e à igualdade entre os diferentes indivíduos.

Ainda no formato on-line para respeitar as regras de saúde para impedir a disseminação da Covid-19, a reunião foi transmitida no canal do Sescoop/RJ no YouTube. O momento foi conduzido pela gerente de Gestão de Pessoas da Unimed Federação Rio, Claudia Reis e contou com as participações do diretor de Mercado e Tecnologia da cooperativa, Benito Petraglia, e da analista de Promoção Social do Sescoop/RJ, Camila Feitosa, além das Singulares do estado e demais cooperativas não pertencentes ao Sistema Unimed.

A live teve a abertura das conversas com a advogada Criminalista Sistêmica, especialista em Direito Processual Penal e Garantias Fundamentais e vice-presidente da Comissão de Direito Sistêmico da OAB/RJ subseção da Barra da Tijuca, Raphaella Estrella, que falou a respeito do direito da mulher.

“Devemos observar a forma como a sociedade foi construída para entender e perceber como a mulher sempre ocupou um lugar secundário em toda a história. Nessa sociedade, muitas mulheres nem percebem que estão sofrendo violência, que podem ser lesão corporal, psicológica, sexual, patrimonial e moral”, comenta Raphaella ao explicar que muitas mulheres não saem desses relacionamentos por não entenderem quando estão sofrendo tais violências. “Nós mulheres fomos preparadas e educadas para entendermos que esse tipo de coisa é normal. Assim como os homens. E nós tendemos a repetir padrões. Precisamos reeducar as pessoas como um todo”, finaliza.

Com pouco mais de 56% da população do país sendo, declaradamente, negra, o Brasil ainda assiste à essas pessoas lutarem por colocação no mercado de trabalho. “O foco deve ser na educação da criança, para que desestruturemos esse racismo enraizado no Brasil. Precisamos entender que nascemos em um país de misturas raciais e não podemos dizer que somos de uma raça só. Ainda assim, sabemos que crianças sofrem racismo pelo cabelo, cor de pele e tamanho do nariz. Ainda temos possibilidades de mudar essa realidade, se pegarmos pela educação”, disse a presidente da Cooperativa dos Cuidadores de Idosos e Doentes Dependentes (Coopidade) e presidente do Comitê Gestor de Gênero Dona Terezita, Rosa Maria de Souza, que ainda explicou sobre o conceito de colorismo. “É quando diferenciamos o tom da pele do negro, pois, hoje, aquele negro com o tom de pele mais escura, tem mais dificuldades de ser inserido na sociedade”.

As palestras foram encerradas com um dos assuntos mais falados do momento: a representatividade LGBTQIA+, que ficou sob a responsabilidade do professor da EMERJ/FIOCRUZ e presidente da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB/RJ, Henrique Rabello de Carvalho.

“O cooperativismo com os seus princípios não considera ninguém mais importante que o outro dentro de uma cooperativa. Todos possuem o mesmo grau de relevância. Por este motivo, o cooperativismo entra tão bem na discussão da representatividade. Não devemos diferenciar as pessoas por cor, religião, orientação sexual. O ideal é construirmos ambientes saudáveis livres de piadas racistas, machistas e LGBTQIA+fóbicas. É interessante que apresentemos ao outro como gostaríamos de tratar e de ser tratados”, explica Henrique.

Ainda segundo o professor, o cooperativismo nasceu para reagir a determinadas organizações sociais a base do capitalismo, que tinham como foco extrair o máximo da força de trabalho, sem devida retribuição. “Entendo que devemos pensar no cooperativismo, não só para construir uma nova economia, mas também uma nova sociedade”.

Indagado pelos participantes a respeito do comportamento no lugar de fala, Henrique explicou que “lugar de fala não deve excluir as pessoas da discussão. É preciso entender o nosso lugar na sociedade e, a partir desse lugar, fazer as nossas observações. Todos temos lugar de fala na sociedade, mas precisamos, a partir desse lugar, nos situarmos nas discussões, entendendo nossos privilégios ou não e, com posse dessa informação, construirmos nossos pensamentos”, finalizou.

“O evento promovido foi de extrema importância para mantermos vivos os temas em questão, diversidade e inclusão. Ao incluir, tudo é repensado para considerar a todos, o que exige atingir níveis mais altos de excelência na qualidade da educação oferecida, além de gerar aprendizados importantes na interação que acontece entre as pessoas em sua diversidade humana. A diversidade e a inclusão não podem ser um obstáculo para a qualidade e, sim, uma ponte para o sucesso das pessoas e das organizações e para o desenvolvimento da sociedade. Nossos palestrantes conseguiram passar a essência no tempo proposto dentro de três grandes temas. Agradecemos a todos pela  brilhante participação”, disse a gerente Administrativo – Gestão de Pessoas da Unimed Federação Rio, Cláudia Reis.

Para os interessados, a live pode ser acessada na íntegra pelo link https://www.youtube.com/watch?v=LhbOeiZdT2U.

 

Fonte: Unimed Federação Rio

Bruno Oliveira

Bruno Oliveira

Analista de Comunicação do Sistema OCB/RJ. Formado em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, MBA em Marketing e Comunicação Empresarial e em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais.

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