Exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes é debatido em live

No dia 26/5 o Comitê Gestor de Gênero Dona Terezita, órgão do Sistema OCB/RJ, promoveu uma live para debater a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes. O tema fez alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18/5. Assista aqui na íntegra (https://youtu.be/67CAQoP1zhE).

Participaram da conversa o presidente do Sistema OCB/RJ, Vinicius Mesquita, a presidente do Comitê Gestor de Gênero Dona Terezita, Rosa dos Santos, a presidente da cooperativa Unifop, Jociane Coutinho, o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro (CMDCA), Carlos Roberto Laudelino; e a coordenadora Geral de Direitos e Conselhos da Secretaria Municipal de Assistência Social do RJ (SMAS).

O presidente do CMDCA, Carlos Roberto Laudelino, falou sobre o trabalho realizado pelo Conselho. “Propor uma forma adequada para se trabalhar com crianças e adolescentes, evitando o abuso, exploração. Quando falamos de plano de ação e aplicação, somos compostos por 10 conselheiros da sociedade civil e de representantes do governo para que possamos ter uma maior interação, reflexão e tomada de ação, pois cada um apresenta sua atuação dentro da cidade do Rio de Janeiro”, disse.

Em seguida, a coordenadora Geral de Direitos e Conselhos da Secretaria Municipal de Assistência Social do RJ (SMAS) e vice-Presidente do CMDCA, Érica Arruda, disse que o Conselho atua de forma muito próxima da SMAS. “É um tema muito difícil de se trabalhar, e estamos em um momento em que as crianças e os adolescentes entendem mais sobre o que é abuso e exploração. Eles, hoje, são protagonistas. Isso é mais comum em famílias mais vulnerabilizadas economicamente. Na cidade do Rio de Janeiro estamos tendo um trabalho de conscientização da sociedade. Toda a população deve participar das condições e proteger crianças e adolescentes, como disse o Estatuto da Criança e Adolescente”, comentou.

E ela acrescentou que a cidade do Rio de Janeiro lançou, recentemente, o Plano de Enfrentamento às Violências Sexuais contra Crianças e Adolescentes. Elaborado pelo CMDCA, em conjunto com a SMAS, o plano tem o objetivo de aperfeiçoar políticas públicas de proteção e garantia de direitos, tornando-as ainda mais efetivas e minimizando os efeitos da pandemia de Covid-19, que agravaram a situação.

As 25 metas e ações propostas no protocolo estão voltadas para a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), objetivando o desenvolvimento sustentável do Rio e do planeta. Dntre elas, o fortalecimento dos serviços públicos de atendimento psicológico às crianças de 0 a 6 anos que sofreram violência sexual; a ampliação de programas de protagonismo juvenil, especialmente em áreas com maior taxa de homicídios de adolescentes e jovens; o fomento de ações de segurança pública que considerem as especificidades das crianças em situação de vulnerabilidade na primeira infância; e a intensificação de campanhas de combate e erradicação do trabalho infantil.

Presidente do Comitê Gestor de Gênero Dona Terezita, Rosa dos Santos externou a importância de se debater o tema. “Muitas vezes achamos que sabemos das coisas, e que somos bem-informados. Saber que crianças e adolescentes também têm o poder se expressar quando sofrem com exploração e abuso sexual é importante. Abre espaço para que as pessoas não tenham medo. O país tem milhões de crianças e adolescentes, e casos acontecem a todo momento. E temos a responsabilidade, como sociedade, a orientar, conversar e promover a reflexão na sociedade. Espaço nós temos, mas precisamos participar”.

Já a presidente da Unifop, Jociane Coutinho comentou sobre a importância de saber a quem recorrer: “Quando falamos de exploração e abuso sexual sempre pensamos na situação extrema, mas é muito maior do que isso, é mais sutil e enraizado pela sociedade. Daí, é importante sensibilizar o olhar da sociedade e desmontar essa relação abusiva que ocorre dentro de casa, já que é importante salientar que grande parte dos casos acontecem lá. É difícil, mas esse tipo de ação é valioso, tirar o véu. Não falar vai causar um mal muito grande.

Quer assistir a live na íntegra? Ela está disponível em: https://youtu.be/67CAQoP1zhE

Se souber de algum caso de abuso ou exploração, denuncie ao:
– Disque 100
– Conselho Tutelar da sua cidade

Richard Hollanda

Richard Hollanda

Analista de Comunicação e Tecnologia do Sistema OCB/RJ. Graduado em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida (UVA) e pós-graduado em Administração em Marketing e Comunicação Empresarial pela UVA.

Posts recentes

[events_calendar]