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Encontro Técnico do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços debate estratégias para o fortalecimento do setor

O Sistema OCB/RJ promoveu na tarde desta terça-feira (14/12), em formato on-line, o Encontro Técnico do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços.

A atividade reuniu dirigentes de cerca de 30 cooperativas fluminenses para um debate sobre as novidades e ações para o fortalecimento do setor. Foi uma oportunidade também para a reflexão coletiva acerca do cenário das cooperativas em relação ao mercado.

Na abertura, o presidente do Sistema OCB/RJ, Vinicius Mesquita, ressaltou a importância do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços no estado do Rio de Janeiro e lembrou que o segmento foi que mais sofreu alterações com a reestruturação de 13 para 7 ramos.

“Além das cooperativas do Ramo Trabalho, agora temos algumas educacionais, outras dos antigos ramos Produção, Turismo e Lazer e Mineral. É um Ramo agora bem diverso. Mas temos uma equipe estruturada para atender as necessidades de vocês”, disse o presidente.

O analista de Monitoramento do Sescoop/RJ, Silvio Camargo, iniciou as atividades mencionando as principais ações que a instituição desenvolve nas áreas de Formação Profissional, Promoção Social e Monitoramento de Cooperativas.

Palestras

Para a parte técnica do evento foram  convidados Carla Bernardes de Souza, analista da Gerência Técnica e Econômica do Sistema OCB Nacional; José Flávio Linhares, diretor executivo da Crediconsult e Consultor do Sescoop/RJ; e George Alberto Fernandes Figueiredo, Gerente de Crédito do Sicoob Central Rio.

Carla Bernardes iniciou o ciclo de palestras e falou sobre os desafios do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços. Ela destacou os números do setor no Brasil, que segundo dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro, divulgado em 2021, conta com 685 cooperativas, mais de 180 mil cooperados e cerca de 9 mil funcionários.

Em seguida, abordou os planos de ação que o Sistema OCB Nacional tem para o Ramo, tais como: apoiar as cooperativas em sua inserção em mercados; contribuir para o aperfeiçoamento do marco regulatório do cooperativismo e políticas públicas; fortalecer a representação política e Institucional do cooperativismo; promover a inovação no cooperativismo; e disseminar conhecimentos em prol do cooperativismo.

Para finalizar, Carla Bernardes mencionou o trabalho da OCB por ajustes pontuais à Lei 12.690/2012, com o objetivo de adequar a legislação em relação às novas tecnologias e demandas das cooperativas. Esse processo envolve a apresentação de emendas e projetos de lei via Frencoop.

Na sequência, o consultor José Flávio trouxe as vantagens que um Planejamento Estratégico proporciona às cooperativas

Promove direcionamento de esforços para resultados comuns, aprimoramentos do modelo de gestão e do sistema orçamentário; estruturação para busca da inovação e maior facilidade nos controles internos”, detalhou.

Ele também estimulou as cooperativas a aderirem ao Programa de Gestão das Cooperativas (PDGC), a investirem em um planejamento estratégico profissional – com a definição de um coordenador do plano de ação e das metas – e a mensuração dos resultados.

As Redes sociais como estratégias de vendas foi tema da palestra do analista de comunicação do Sistema OCB/RJ, Bruno Oliveira, que reforçou a necessidade de as cooperativas investirem em ações nas plataformas, com conteúdos de qualidade, a fim de captar mais clientes e, assim, potencializar seus produtos e serviços.

Por fim,  George Alberto Fernandes Figueiredo apresentou algumas soluções de crédito do Sicoob Central Rio para expansão das Cooperativas do Ramo Trabalho e Produção de Bens e Serviços, em relação a investimentos, pagamentos, consórcios, previdência, seguros e crédito sustentável.

Onde Tem Coop

Houve espaço também para  apresentação do vídeo institucional da Cooperativa de Plataforma Onde Tem Coop, um ambiente de negócios para promover os produtos e serviços das cooperativas.

Novo representante do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços

Na parte final do evento, o presidente do Sistema OCB/RJ, Vinicius Mesquita, anunciou que o presidente da Cooperativa Comunicoop, Cláudio Montenegro, será o novo representante estadual do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços, em substituição ao secretário de finanças da OCB/RJ, Ildecir Sias. A homologação ocorrerá no dia 17/12, em reunião de diretoria da OCB/RJ

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Cooperativismo
OCB

Seminário virtual Lei nº 5.764/71: passado, presente e futuro

 

O seminário virtual Lei 5.764/71: passado, presente e futuro, promovido pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), comemorou nesta segunda-feira (13), os 50 anos da Lei Geral do Cooperativismo. Promulgada em 16 de dezembro de 1971, a norma foi responsável por fortalecer a identidade cooperativa no Direito brasileiro ao atribuir natureza jurídica própria às sociedades dessa natureza e se tornou referência por suas características no mundo todo.

Autoridades renomadas tanto nacional como internacionalmente no que diz respeito ao direito tributário e à defesa do cooperativismo participaram do seminário. Paulo de Tarso Sanseverino, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fez um resgate histórico sobre a importância da norma para a consolidação do Direito Cooperativo. Segundo ele, “a Lei 5.764 tem prestado serviços valiosíssimos à sociedade brasileira e realmente tem um papel muito importante para a consolidação do cooperativismo no Brasil”.

O ministro destacou que o cooperativismo representa por si só uma revolução histórica ao celebrar o contrato de sociedade cooperativa a partir de pessoas que se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica de proveito comum, sem objetivo de lucro. “Nesse sentido, a Lei Geral do Cooperativismo gerou frutos espetaculares como a adesão livre e voluntária, a gestão democrática, a participação econômica nos lucros e resultados, a prática da intercooperação e o desenvolvimento sustentável das comunidades”, salientou.

Na foto: Presidente Márcio Freitas, Natalia Godoy e Min. Paulo de Tarso Sanseverino (STJ)
Na foto: Presidente Márcio Freitas, Natalia Godoy e Min. Paulo de Tarso Sanseverino (STJ)
Presente

Heleno Torres, professor titular de Direito Financeiro da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), entusiasta e apoiador do cooperativismo, abordou características da Lei que precisam ser continuadamente defendidas. “A natureza especial das cooperativas, que tem como uma de suas peculiaridades a gestão de iguais, exige repetidamente o reconhecimento do ato cooperativo nas relações tributárias. Vejo com muita tristeza decisões que comparam as sociedades cooperativas com empresas tributárias nesse ponto, principalmente quando utilizado como um argumento de isonomia”, afirmou.

Para ele, tributar o ato cooperativo é uma forma de interpretar a própria Constituição de 1988 de forma equivocada, uma vez que a Carta Magna reconhece o regime diferenciado do modelo de negócios. “O cooperativismo brasileiro é um orgulho e todos os méritos devem-se aos homens e mulheres que acreditam na união de esforços para construir, pelo ato cooperativo, uma sólida alternativa de empreendedorismo, com vocação coletiva, sustentável, eficiente e humanista. Por isso, nenhuma reforma tributária pode deixar de respeitar e preservar as características do ato cooperativo”.

 

Futuro

O doutor em Direito, com carreira focada em sociedades cooperativas, pesquisador e membro do comitê jurídico das Cooperativas das Américas (ACI Américas), Mário De Conto, tratou das perspectivas futuras do cooperativismo e alterações que a Lei 5.764 já sofreu e ainda pode vir a sofrer para tornar a atuação do setor ainda mais qualificada e efetiva. “A Lei, como já dito por meus colegas anteriormente, tem fundamentos importantes e as atualizações são primordiais para que ela possa continuar contribuindo para o desenvolvimento e consolidação do cooperativismo no Brasil”.

De Conto destacou, por exemplo, algumas atualizações recentes que buscaram atender as inovações tecnológicas do mundo atual como as Leis 14.030/2020 e 14.195/2021 que permitiram a participação e votação à distância em reuniões e assembleias e os registros e folhas soltas ou em meio digital, respectivamente. Para o futuro, o jurista acredita que há desafios relevantes no que diz respeito a identidade, quadro legal, participação e capital das cooperativas.

“É preciso pensar no papel das organizações nacionais no apoio e defesa do cooperativismo, reforçando sua identidade e quadro legal. As formas de participação também podem ser ainda mais modernizadas a partir do uso de recursos tecnológicos cada vez mais inovadores. No que diz respeito ao capital, um item bastante complexo, há outras alternativas de captação que precisam ser consideradas como, por exemplo, o aporte por parte de anjos investidores para cooperativas que adotam o modelo de startups”, afirmou.

Ana Paula Andrade Ramos, Assessora Jurídica OCB, Prof. Heleno Torres (USP) e Dr. Mário De Conto
Ana Paula Andrade Ramos, Assessora Jurídica OCB, Prof. Heleno Torres (USP) e Dr. Mário De Conto
Prosperidade

Responsável pela abertura do seminário, o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, fez questão de ressaltar que o cooperativismo não é responsável apenas por uma movimentação financeira significativa, na ordem de R$ 400 bilhões/ano. “Mais do que isso, nosso setor faz uma movimentação social fantástica. Somos um universo de cerca de 80 milhões de brasileiros. Além disso, as cooperativas geram recursos que são mantidos nas localidades onde estão inseridas, o que reflete em uma onda de prosperidade, bem-estar e felicidade”.

Para o presidente, a Lei 5.764 é responsável por proporcionar essa prosperidade. “Ela pode até precisar de alguns retoques ou modernização em alguns aspectos, mas ainda é a grande pilastra de sustentação do cooperativismo brasileiro. Queremos que ela seja cada vez mais forte e adequada as inovações atuais e de uma geração com economia mais participativa. E temos certeza de que essa senhora (a lei) deve continuar nos ajudando nessa jornada”, concluiu.

Fonte: Somos Cooperativismo/Sistema OCB

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Cooperativismo
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Superintendente Abdul Nasser fala sobre cooperativismo em podcast da Rádio Folha (98.3), emissora de maior audiência de Campos

O superintendente do Sistema OCB/RJ, Abdul Nasser, foi o convidado, no dia 13 de dezembro, do podcast promovido pela Rádio Folha Folha 98,3, a emissora de maior audiência de Campos dos Goytacazes. Confira aqui na íntegra.

Na atração, Abdul falou sobre o cooperativismo como forma de viabilizar pequenos, médios e até grandes negócios; citou a Coagro, a Unimed, e o Sicoob como exemplos de cooperativas de sucesso em Campos dos Goytacazes e disse que o cooperativismo já está se desenvolvendo para as plataformas digitais, tendência, segundo ele, acelerada pela pandemia.

Abdul também destacou que no cooperativismo a meritocracia prevalece, já que o cooperado ganha na medida do que produz.

“No modelo cooperativista, o capital – as sobras – são usadas para levar resultados para as pessoas. Há justiça distributiva de renda. É uma meritocracia não-violenta, pois todos recebem as mesmas oportunidades e têm as mesmas possibilidades.”, explicou.

Confira outros trechos da entrevista:

Coagro
“A Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro) detém 5% de todo o etanol produzido no estado. Isso é um número muito relevante. Diferentemente de outras usinas que levam os recursos para fora do Brasil, a Coagro mantém a renda no município e beneficia o pequeno produtor. Além disso, a cooperativa gera cerca de 3,5 mil empregos, número que dobra na safra”.

Empreendedorismo cooperativo
‘No Sistema OCB/RJ promovemos o movimento Rio Mais Coop, que é de valorização do cooperativismo no estado, por meio do estímulo ao empreendedorismo cooperativo.Ou seja, juntar competências para gerar negócios que serão capazes de mudar a vida de muitas pessoas. Por exemplo, uma pessoa que faz muito bem um doce, um bolo, pode se juntar a outra que sabe administrar um negócio e a outra que entende sobre venda. A soma dessas competências é muito importante num empreendedorismo coletivo, como é o cooperativismo.

Pandemia
“O mundo mudou, mas muitas pessoas não perceberam. Muitos empregos nunca mais voltarão a existir. Todos que puderam, entraram no digital, e investem em inteligência artificial, em robotização.

Pessoas que estão desempregadas aguardando um reaquecimento de ofertas de empregos podem rever seus pensamentos. Governos que forem investir em geração de emprego vão jogar dinheiro fora. Empreendedorismo é o caminho, seja individual ou coletivo. E o coletivo equilibra competências e o cooperativismo é o modelo para isso.”

Treinamento
“Como em todo negócio, para constituir uma cooperativa é necessário estudar. Existe um índice muito grande de mortalidade de empresas porque as pessoas não se preparam. E para auxiliar os interessados em ingressar no cooperativismo, o Sescoop/RJ tem uma série de treinamentos on-line. Basta acessar rio.coop.

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