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Cooperativas com mais de 70 anos de atuação mostram resiliência do cooperativismo brasileiro

Em um país em que a duração média de uma empresa é de cinco anos, completar décadas de atuação em um negócio é uma prova de excelência, capacidade de adaptação e potencial para inovar. E o cooperativismo tem tudo isso. De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024, mais da metade (53,3%) das 4.509 cooperativas do país têm mais de 20 anos no mercado. É comum conhecer cooperativas que comemoram bodas de prata ou de ouro e há algumas centenárias espalhadas pelo Brasil.

“O cooperativismo é um modelo de negócio resiliente e sustentável. Pelo país todo, temos muitas cooperativas com décadas de histórias, em vários ramos. Essa longevidade está diretamente ligada à capacidade do cooperativismo de gerar trabalho e prosperidade com foco nas pessoas e no desenvolvimento das comunidades”, afirma a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta.

O maior exemplo de resiliência e longevidade do coop brasileiro é a Sicredi Pioneira, a primeira cooperativa do país. Prestes a completar 122 anos em dezembro, a coop segue de portas abertas e em pleno crescimento. Fundada em 1902 pelo padre Theodor Amstad em Nova Petrópolis (RS), Capital Nacional do Cooperativismo, a Pioneira também foi a primeira cooperativa de crédito da América Latina e inaugurou no continente o modelo de instituição financeira que apoia as pessoas em momentos de crise.

Em mais de um século de história, a Sicredi Pioneira esteve ao lado dos cooperados durante a gripe espanhola, as duas Guerras Mundiais, os períodos de instabilidade política e econômica do país, a hiperinflação nos anos 1980, a pandemia de covid-19, e em muitos outros.

Para o atual presidente da cooperativa, Tiago Luiz Schmidt, o fato de estar ao lado da comunidade em todos esses momentos históricos é justamente um dos motivos da longevidade da Sicredi Pioneira. “A Pioneira vivenciou esses desafios e dificuldades junto com as pessoas e foi se adaptando. Conseguimos chegar aos 122 anos vivendo a comunidade, fazendo parte dos sonhos, das alegrias e dos desafios. Se fazer presente é um dos requisitos para essa atuação tão longeva”, afirma.

Além da Pioneira, o Sicredi tem mais cinco cooperativas centenárias pelo país. Segundo Schmidt, para se manterem atualizadas em um segmento em que a transformação tecnológica é tão dinâmica, as cooperativas apostam nos diferenciais cooperativistas. Um exemplo é a presença de agências físicas no interior do país: enquanto os bancos fecham suas portas, as cooperativas fazem questão de oferecer atendimento presencial para alguns públicos, principalmente nas áreas rurais.

“Esse é um dos grandes segredos para a cooperativa conseguir se manter atualizada: ter um vínculo forte com as escolas, com as entidades de classe, os sindicatos rurais, as universidades, empresas, e, claro, com os cooperados”, explica. Cooperado da Sicredi Pioneira desde 2005, Schmidt é o sétimo presidente da cooperativa, que atualmente reúne 250 mil cooperados.

Por ano, a Sicredi Pioneira recebe mais de 10 mil pessoas interessadas na história e trajetória de solidez da cooperativa, entre estudantes, associados, colaboradores, conselheiros, diretores, dirigentes de Organizações Estaduais e de outros ramos do cooperativismo. “Isso para nós é uma honra e uma grande responsabilidade. Um dos nossos papéis é compartilhar nossa trajetória, porque ela também é a história do cooperativismo brasileiro”, orgulha-se Schmidt.

Precursora das compras coletivas 

Em outubro, a Coop, uma cooperativa de consumo criada em Santo André, na Região Metropolitana de São Paulo, completou 70 anos com participação consolidada no mercado e histórias que marcam gerações de clientes.

Com 1 milhão de cooperados e mais de 6 mil colaboradores, a Coop tem mais de 100 unidades de negócios, entre elas 35 supermercados e 68 drogarias, além de canais digitais. No setor de varejo alimentar, o grupo tem 30% de participação de mercado na região do Grande ABC.

Tudo começou em 1954, quando um grupo de 292 funcionários da Rhodia, uma indústria química e têxtil tradicional da região, decidiu se unir para criar uma alternativa para a compra de alimentos e outros produtos. Em conjunto, eles conseguiam negociar preços no atacado, estocar os itens em um armazém e vender a preços mais justos por meio da Cooperativa de Consumo dos Empregados das Companhias Rhodia, Rhodiaceta e Valisère – que em 1997 mudou de nome para Coop.

Em poucos anos, o número de cooperados saltou para mais de 3 mil e, ainda na década de 1950, a cooperativa começou a abrir mais unidades. Em 1970, tornou-se uma cooperativa de livre adesão, ou seja, aberta a qualquer pessoa interessada em fazer compras com preços justos. No fim da década, a Coop já tinha quase 75 mil associados de várias cidades do Grande ABC.

Nos anos 1990, passou atuar também no setor de farmácias e criou uma marca própria de produtos, abrindo caminho para se tornar a maior cooperativa de consumo da América Latina na década seguinte e chegar ao primeiro milhão de cooperados. Durante a pandemia de covid-19, criou dois canais de compras online, um para os supermercados e outro para produtos das farmácias.

Para o diretor-geral da Coop, Pedro Mattos, atuar com base nos princípios cooperativistas é um dos motivos para os resultados da cooperativa paulista em 70 anos de atuação. “Por sete décadas seguimos os princípios do cooperativismo, contribuindo com a comunidade não apenas no emprego e geração de renda, como também ao colaborar com pessoas menos favorecidas, por meio de programas e projetos sociais, culturais, esportivos e de promoção da saúde”, afirma.

Em 70 anos, muitos cooperados tiveram a Coop como parte do cenário de suas vidas e de momentos com suas famílias, como o aposentado Antônio Albardeiro, cooperado desde 1968. “Tenho histórias com a Coop que marcaram minha vida. Além de sempre poder comprar o que precisamos na cooperativa, como cooperado também aprendi a valorizar a honestidade e o caráter. A Coop foi uma escola para mim”, afirma. A história de Albardeiro com a Coop está na websérie SomosCoop na Estrada e no podcast PodCooperar, produzidos pelo Sistema OCB.

Tradição no agro

No setor agropecuário, a tradição cooperativista é reconhecida nacionalmente. Responsáveis por metade da produção de grãos do país e com participação significativa no mercado de leite e carnes, as cooperativas agropecuárias estão no dia a dia dos brasileiros, com marcas e produtos reconhecidos por várias gerações.

A Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR), que completa 76 anos em 2024, criou e manteve por mais de 50 anos a marca Itambé, uma das mais conhecidas pelos consumidores brasileiros. Criada em 1948, a central atualmente reúne 31 cooperativas e 25 mil cooperados e capta 90 milhões de litros de leite por mês.

A CCPR tem a trajetória marcada pela colaboração com instituições acadêmicas para o desenvolvimento de pesquisas sobre a produção de laticínios e pela atuação institucional em defesa dos interesses dos cooperados ao longo de décadas.

Para o presidente da central, Marcelo Candiotto, a história da CCPR é um exemplo de como a união e a cooperação podem gerar resultados duradouros e positivos para as pessoas diretamente envolvidas e para a sociedade como um todo.

“Chegar aos 76 anos de história com solidez e estabilidade, mesmo diante das adversidades econômicas do nosso país, é algo que merece ser celebrado. Para os cooperados, a longevidade representa segurança e confiança, eles sabem que estão associados a uma organização sólida, capaz de enfrentar crises e se adaptar às mudanças do mercado. Para a sociedade, demonstra a viabilidade e a resiliência do modelo cooperativista. Isso inspira outras iniciativas e reforça a importância da cooperação e da solidariedade como pilares para o desenvolvimento econômico e social”, afirma.

Presidente da CCPR desde 2017, Candiotto diz que uma das estratégias da central para se manter firme e relevante no mercado por tantas décadas é investir continuamente na capacitação de cooperados e colaboradores e no desenvolvimento de processos e produtos para acompanhar as transformações tecnológicas do setor. “Outro fator importante é a sustentabilidade. Investimos em práticas que garantem a preservação ambiental e a responsabilidade social”, acrescenta.

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Capacitação prepara analistas para devolutivas estratégicas

O Sistema OCB realizou, nos dias 27 e 28 de novembro, a fase presencial da Capacitação de Analistas das Unidades Estaduais para Devolutivas do Sistema de Desempenho. A iniciativa é voltada para o atendimento e desenvolvimento das cooperativas brasileiras, com o objetivo de capacitar os participantes a realizarem uma análise crítica das demonstrações contábeis das cooperativas, que refletem sobre os resultados e ações estratégicas.

Analistas de diferentes estados, como Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Paraíba, que totalizaram mais de 90 profissionais, foram capacitados ao longo do ano. Além disso, a formação abordou os diferentes tipos de riscos financeiros, a partir da compreensão de como prevenir e mitigar esses fatos, com base em análises de dados. Também foram trabalhadas habilidades de apresentação, essenciais para que os analistas realizem devolutivas assertivas e embasadas às cooperativas.

Simone Montandon, coordenadora de Inteligência Analítica do Sistema OCB, destacou a importância da iniciativa. “Encerramos mais uma turma da capacitação para devolutivas do Desempenho, e foi uma alegria fomentar a preparação de tantas pessoas, com foco neste importante diagnóstico que o Sistema OCB disponibiliza para as cooperativas brasileiras. O Desempenho é fundamental para uma gestão orientada por dados e oferece suporte à alta direção da cooperativa para a tomada de decisões”, disse.

A primeira turma, composta por 46 participantes, foi treinada em 40 horas distribuídas em sete módulos, entre janeiro e junho de 2024. Os conteúdos abarcaram desde a análise de cenários macroeconômicos e indicadores financeiros até técnicas de comunicação assertiva e gestão de riscos. A programação incluiu módulos on-line e presenciais, como o de simulação de devolutivas, que proporcionou um treinamento prático com situações reais enfrentadas durante o processo de devolutiva.

Já a segunda turma, com 48 participantes, passou por uma capacitação de 48 horas, entre agosto e novembro de 2024. Essa fase ampliou a abordagem com a inclusão de um módulo extra sobre os retornos econômicos e sociais gerados pelas cooperativas, com destaque para como essas estratégias impactam os resultados e a distribuição para os cooperados.

Para Georgeana Caldas, coordenadora de Apoio à Governança e Gestão de Cooperativas, do Sistema OCB/MT, o Sistema de Desempenho tem sido uma ferramenta essencial para o crescimento e a sustentabilidade das cooperativas mato-grossenses, principalmente porque oferece um acompanhamento detalhado de seus indicadores. “As cooperativas conseguem identificar suas posições atuais, projetar metas e ajustar estratégias de forma precisa, com garantia de um controle mais eficiente”, disse. Ela ressaltou que “o curso oferecido pelo Sistema OCB trouxe uma abordagem prática e detalhada, que capacita as unidades estaduais a realizarem devolutivas assertivas e embasadas e fortalecem ainda mais o papel do cooperativismo no estado”.

Fonte: Somos Cooperativismo

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OCB

OCB celebra 55 anos de força coletiva

Há 55 anos, foi fundada a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que uniu, em um só movimento, a determinação de pessoas que acreditavam no poder da cooperação. Desde 1969, a OCB tem sido a força motriz que impulsiona o cooperativismo em suas múltiplas frentes. No agro, na saúde, nos serviços financeiros, na educação, na geração de energia, no transporte, no consumo, no turismo e em tantos outros segmentos.

Essa trajetória é marcada por números, resultados e, principalmente, por histórias de transformação de comunidades que se tornaram mais prósperas, além de um legado de impacto positivo que atravessa gerações. Afinal, cooperar é construir, de forma coletiva, um futuro mais justo, em que cada passo é dado em sintonia com quem está ao lado.

Para Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, o cooperativismo vai muito além de uma alternativa econômica que une pessoas em prol de objetivos comuns. “Esse modelo se sustenta em valores essenciais como solidariedade, democracia e igualdade. Os sete princípios fundamentais são a alma das cooperativas e garantem competitividade e rentabilidade, mas também a priorização das pessoas sobre o lucro”, destaca.

Legado e conquistas

A Lei 5.764/71, marco regulatório das cooperativas, e a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), no início dos anos 2000, foram passos essenciais para o fortalecimento do setor. A atuação de líderes como Roberto Rodrigues, ex-presidente da OCB e da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), garantiu reconhecimento internacional ao movimento brasileiro.

As conquistas foram muitas nestes 55 anos e, nos últimos cinco, a OCB liderou importantes avanços. Em 2019, foi lançado o SouCoop e o Anuário do Cooperativismo, além da parceria com a ONU em prol dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Já em 2020, a primeira campanha nacional do cooperativismo, o SomosCoop alcançou 77 milhões de visualizações.

Em 2021, o coop participou do fortalecimento do crédito rural e o lançamento de programas como NegóciosCoop e, em 2022, foi conquistado um novo marco legal para as cooperativas de crédito (LC 196/2022), além do recorde de inscrições no Prêmio SomosCoop. Ainda em 2022, foi lançado o desafio BRC 1 TRI – Brasil Mais Cooperativo 1 trilhão de prosperidade. A meta é atingir R$ 1 trilhão de faturamento e 30 milhões de cooperados até 2027.

Em 2023, o lançamento do Programa ESGCoop e avanços importantes na Reforma Tributária, como o reconhecimento do Ato Cooperativo marcaram o ano. Já em 2024, foi realizado o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) e os avanços na Reforma Tributária continuaram. Para 2025, a declaração de Ano Internacional das Cooperativas, feita pela Organização das Nações Unidas, promete trazer ainda mais visibilidade e oportunidades para o movimento.

 Futuro do movimento

O cooperativismo brasileiro entrou no século 21 com um importante desafio: ser reconhecido não apenas por sua força econômica, mas por sua capacidade de gerar impacto social e ambiental. A OCB tem trabalhado para construir uma narrativa que destaque a integridade, a competitividade e a relevância do movimento no cenário global.

A edição de 2024 do 15º CBC foi um marco nessa direção. O evento reuniu mais de 3 mil lideranças para definir 100 diretrizes estratégicas que guiarão o setor nos próximos anos. As discussões foram orientadas por uma visão de futuro que combina inovação, sustentabilidade e inclusão. Além disso, a OCB consolidou seu Portfólio de Soluções para auxiliar as cooperativas a enfrentarem desafios e aproveitarem oportunidades. Programas como o CapacitaCoop, que já formou milhares de alunos, e iniciativas como o AvaliaCoop e InovaCoop  são exemplos de ferramentas que fortalecem o ecossistema cooperativo.

Transformando vidas e comunidades

Ao comemorar 55 anos, a OCB celebra um passado de conquistas e olha para o futuro com confiança, pronta para continuar na liderança de um movimento que coloca as pessoas em primeiro lugar e busca soluções para os desafios do nosso tempo.

De acordo com os dados do Anuário do Cooperativismo 2024, o país já soma 23,45 milhões de cooperados, o que equivale a 11,55% da população, com base no último censo do IBGE. O cooperativismo se consolidou como uma força da economia nacional, com impactos expressivos na geração de empregos e na movimentação econômica.

Hoje, o movimento engloba 23% da população ocupada, emprega 550.611 profissionais e sua movimentação financeira alcançou impressionantes R$ 692 bilhões. Além disso, 4.509 cooperativas estão espalhadas por todo o Brasil e mostram a diversidade e capilaridade do modelo de negócios.

O Ramo Agropecuário lidera em número de cooperativas, com 1.179 unidades, seguido pelos ramos Transporte (790), Saúde (702), Crédito (700), Trabalho, Produção de Bens e Serviços (641), Infraestrutura (276) e Consumo (221). O movimento está presente em 1.398 municípios, com destaque para a região Sudeste, que concentra 1.605 cooperativas, seguida pelas regiões Nordeste (856), Sul (825), Centro-Oeste (619) e Norte (504).

Os indicadores financeiros evidenciam a força do movimento. Em 2023, os ativos totais do setor atingiram R$ 1,16 trilhões, um crescimento de 17% em relação ao ano anterior. O capital social também cresceu 17%, alcançando R$ 94 bilhões. As sobras do exercício totalizaram R$ 38,9 bilhões, enquanto o setor contribuiu com R$ 33,9 bilhões em tributos, um aumento significativo de 70% em relação a 2022.

No mercado internacional, o cooperativismo brasileiro se destaca. As cooperativas, com o apoio da ApexBrasil, somaram US$ 8,3 bilhões em exportações em 2023, representando 2,5% do total das exportações brasileiras e 7,1% dos embarques do agronegócio. Produtos como carnes de aves, soja triturada, café não torrado e carne suína lideram as exportações. Ao todo, 96 cooperativas recebem apoio da ApexBrasil, das quais 81 já exportam, evidenciando a força global do cooperativismo brasileiro.

Fonte: Somos Cooperativismo/Sistema OCB/RJ

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Comitê Elas pelo Coop realiza última reunião do ano

O Comitê Nacional Elas pelo Coop, realizou na quinta-feira (29), a sua última reunião de 2024, marcada por despedidas, renovação e reafirmação de compromissos com a inclusão, equidade e diversidade no cooperativismo. O encontro foi uma oportunidade para refletir sobre os avanços alcançados e definir as próximas ações.

Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou a importância das quatro principais frentes de atuação do comitê: Formação e capacitação, Representação institucional, Intercooperação e Elaboração de diretrizes voltadas às demandas da base feminina. “É fundamental atender às necessidades das mulheres cooperadas e das cooperativas onde atuam, sempre com um olhar para a inclusão e a equidade. Toda a sociedade precisa estar envolvida nesse processo”, afirmou.

Divani Ferreira, analista institucional, ressaltou a importância dos pontos focais estaduais, que atuam como conexões diretas entre os comitês e as organizações estaduais. Ela também trouxe dados relevantes sobre a ocupação das mulheres no coop. “Enquanto as mulheres representam 51,5% da população brasileira, no cooperativismo, elas são 41% do total de cooperados, com 23% ocupando cargos de liderança”, pontuou. Ela  lembrou ainda que o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) estabeleceu 7 diretrizes específicas para promover a força das mulheres dentro das cooperativas, de um total de 25.

Com a renovação das cadeiras, o comitê deu as boas-vindas às novas representantes, que compartilharam suas expectativas. Jucineide Pimentel, da Cooperforte/DF destacou o impacto positivo que espera gerar. Lidiane Thomaz, do Sistema OCB/MT, reforçou sua vontade de contribuir e fazer a diferença. Ana Aline da COAFS, no Rio Grande do Norte, disse ser a primeira mulher da cooperativa e que espera fortalecer o movimento em sua região.

Por sua vez, Águeda Maria, do Sistema Ocergs, aposta no crescimento do comitê. Raíssa Teresani, cooperada da Veiling, de Holambra, pretende impulsionar a intercooperação. Elisabete da Cooperja, de Santa Catarina, e Eliana Assunção, do Sistema Oceb, ressaltaram o aprendizado e o crescimento. Andréia Silva, também do Sistema Oceb, afirmou ver a participação no comitê como um espaço de apoio mútuo e aprendizado contínuo.

Despedidas e novos caminhos

A reunião também marcou a despedida de algumas integrantes, como Luzi Vergani, coordenadora do Comitê, que deixará o cargo oficialmente em março de 2025 e salientou a consolidação do movimento nos estados, que  atuam como pilares fundamentais para fortalecer a presença feminina no cooperativismo. No total, já são 17 colegiados regionais. Vania Cupertino, incentivou as mulheres a continuarem fazendo a diferença no movimento. “Embora deixe o comitê, sigo à disposição para contribuir de outras formas”, garantiu.

Fonte: Somos Cooperativismo

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Pesca
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Cooperativa de mulheres investe em arte para enaltecer o papel feminino na pesca de Arraial do Cabo

A pesca artesanal faz parte da história e cultura de Arraial do Cabo. A atividade é essencial para a geração de emprego e renda, subsistência e incentiva o desenvolvimento e o turismo sustentável. Para valorizar a participação feminina na pesca artesanal e fomentar o turismo local, a Cooperativa de Mulheres Produtoras da Pesca Artesanal e de Planta Nativas da Região dos Lagos investe na decoração da sede com pinturas que narram histórias e vivências de pescadoras cooperadas.

A ação, que integra o subprojeto Mulheres em Ação e recebe apoio do Projeto Educação Ambiental, sob gestão do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), tem o objetivo de ampliar a visibilidade e o reconhecimento da atuação da cooperativa em prol do crescimento da pesca artesanal, do empoderamento feminino na cadeia produtiva e do Turismo de Base Comunitária (TBC).

“As pinturas expressam a cultura da pesca e a presença da mulher neste meio. As narrativas também reforçam a identidade de comunidades pesqueiras”, explicou Zenilda Maria da Silva, que ajudou a fundar a cooperativa, na Praia Grande, composta por pescadoras 60+.

O artista plástico local Paulo Franco é o responsável pela produção de dois painéis ilustrativos, que trabalham com elementos característicos da pesca artesanal, e compartilha o significado da experiência na sua trajetória profissional.

“Para mim é sempre um prazer pintar a Praia Grande. Por ser a praia que mais gosto, o quintal da minha casa, já que moro bem perto. Gosto de pintá-la e retratar o universo da pesca, valorizando atributos tradicionais e relacionando-os à história da cidade”, revelou ele.

“Com isso, grande parte da produção destaca, principalmente, as canoas, como os principais instrumentos de trabalho, e os pescadores em cenários, onde a praia apresenta-se mais vazia, com águas calmas e algumas ondas perfeitas. Para a cooperativa, não poderia ser diferente. Inclusive pintei e acertei, sem querer, o número de canoas que é o mesmo das mulheres nativas mais atuantes: nove. E, cada canoa levou o nome de uma delas”, enfatizou Paulo.

Iniciativa atrai público interessado pela pesca artesanal e práticas de TBC

A história da pesca artesanal retratada em pinceladas pode ser um caminho lúdico de incentivar reflexões, resgatar sentimentos e memórias pessoais, além de ser uma forma de se aproximar com uma tradição de relevância local. De acordo com Margareth Julião, uma das idealizadoras da iniciativa, a recepção da decoração tem sido positiva, atraindo visitantes da região e de outros lugares, durante o funcionamento da cooperativa.

Cooperativa cria espaço instagramável e atrai turistas para Praia Grande

O espaço decorado recebe visitantes e turistas de vários lugares, que aproveitam a oportunidade para registrar a experiência, ajudando ainda a divulgar a iniciativa. “As pessoas gostam de tirar fotos com os murais no fundo para postagens nas redes sociais. Nestes momentos, também iniciamos diálogos, compartilhamos informações e esclarecemos dúvidas sobre a história e cultura pesqueira local”, contou Margareth.

A cooperativa atua com a comercialização de produtos congelados, incluindo serviços de delivery, e possui restaurante próprio para atendimento do público de quinta a domingo e nos feriados prolongados. A sede está localizada a uma quadra da Praia Grande, na Rua Epitácio Pessoa, 14, em Arraial do Cabo.

A realização do projeto Educação Ambiental é uma medida compensatória estabelecida pelo Termo de Ajustamento de Conduta de responsabilidade da empresa PRIO, conduzido pela Ministério Público Federal – MPF.

Fonte: MundoCoop

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Rio de Janeiro
SESCOOP/RJ

Fred Rocha encerra palestras da Feira Rio Mais Coop com reflexões sobre “O Novo Jeito de Vender”

Encerrando as palestras da Feira Rio Mais Coop, o especialista em vendas Fred Rocha cativou o público com sua a palestra “O Novo Jeito de Vender”. Ele destacou quatro mudanças culturais no mundo moderno que estão transformando o comércio e compartilhou estratégias para aumentar as vendas nesse novo cenário.

Fred iniciou explicando como a dinâmica entre clientes e comércio mudou ao longo dos séculos:

  1. Dependência entre cliente e comércio – “Por 4 mil anos, abríamos o comércio e esperávamos os clientes chegarem. Hoje, essa relação se inverteu. É o comércio que depende das pessoas, e não mais o contrário”, destacou.
  2. O valor supera o preço – “Atualmente, o preço deixou de ser o fator mais importante. Os clientes valorizam o que um produto ou serviço faz por eles. Quando enxergam valor, estão dispostos a pagar mais.”
  3. Valorização do intangível – Fred apontou que o consumidor moderno prioriza experiências e serviços. “Um cliente pode gastar R$ 100 mil em um carro, mas hesita em investir R$ 10 mil em treinamento de equipe. No entanto, o intangível é o que realmente agrega valor.” Fred Rocha continua dizendo que o cliente quer ser atendido por um funcionário bem treinado, não necessariamente quer entrar no prédio mais bonito para ser atendido. E ele dá um exemplo pessoal “O cliente nem vai mais nas sedes. Eu sou cliente de uma cooperativa de crédito há 6 anos e nunca visitei a agência”, explicou.
  4.  Ascensão das compras online – “A loja física está se tornando cada vez menos necessária, com o avanço das plataformas digitais.”

 

Após a apresentação das mudanças culturais, Fred apresentou formas de transformar essa realidade e aumentar as vendas:

  1. Propósito – “Nós só ganhamos dinheiro resolvendo os problemas dos outros. Qual é o problema que seu produto resolve? Aonde e como você está melhorando a vida das pessoas?”
  2. Pessoas – “Os funcionários são fios condutores para seu propósito chegar ao cliente. É por meio deles que seu propósito vai ser percebido ou não”.
  3. Inovação – “Inovação não é feita por tecnologia, é feita por pessoas. A inovação trabalha como facilitador para seu propósito chegar até o cliente”.
  4. Tecnologia – “Tecnologia serve como ferramenta para seu propósito chegar a mais clientes”.
  5. Comunicação – “Criar uma comunicação que facilite o entendimento do seu propósito”.
  6. Cliente – “Temos que criar cada ponto de contato com o cliente em uma filial”.
  7. Conhecimento – “Quem não estuda, não vende”.

 

Fonte: Júlia Cruz – Sistema OCB/RJ

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