O médico Luiz Paulo Tostes Coimbra, presidente da cooperativa de serviços Unimed-VR, afirmou que o ano de 2019 foi muito positivo. Ele apontou como pontos principais a continuidade das obras de expansão do hospital em Volta Redonda e a criação do Instituto Lóbus (o nome se refere aos lobos do cérebro).
Sobre o hospital, Tostes afirmou que as obras civis deverão ser concluídas em abril e as novas áreas devem começar a funcionar em junho. “Parte da fachada já está sendo colocada. É emocionante ver uma obra como essa tomando forma”, afirma ele.
— O novo prédio deve oferecer mais 120 leitos. Amplia bastante a oncologia, a hematologia e a infusão de medicamentos imunobiológicos. Além disso, será mais confortável para os profissionais — disse.
Já o Instituto Lóbus é um centro de treinamento, desenvolvimento e pós-graduação para profissionais da área de Saúde. A intenção inicial era prover treinamento para o pessoal da própria Unimed-VR, mas a ideia se expandiu e o instituto foi criado para vender serviços externamente.
A Unimed-VR também fechou uma parceria com centros de oncologia de Petrópolis e Nova Iguaçu, para atendimentos oncológicos, de hematologia e de infusão de medicamentos imunobiológicos.
Outro aspecto positivo foi o fato de a empresa, pelo oitavo ano consecutivo, ter sido incluída na lista das melhores do Brasil para se trabalhar. Segundo o presidente, o prêmio é muito importante, mas também é o trabalho realizado para a concessão de prêmios, que verifica os procedimentos e aponta aspectos que ainda podem ser melhorados.
— O grande segredo da Unimed-VR é o desenvolvimento de pessoas. Elas (funcionários e cooperados) são o elemento-chave — diz Tostes.
Instituto Lóbus
A Unimed-VR criou o embrião no Instituto Lóbus em 2016, para prover treinamento ao seu pessoal. Em seguida, viram que a demanda por parte de clientes externo era grande.
— A ideia é desenvolver pessoas e fazer cursos de aperfeiçoamento e pós-graduação. Em 2019, tivemos dois momentos importantes, quando foram apresentados, no congresso internacional de Oncologia, uma apresentação da Rede D’Or originada no Lóbus e no congresso das Unimeds — disse Luiz Paulo.
Oferta e demanda
O presidente da Unimed-VR disse que, com a inauguração da expansão do hospital da cooperativa, a oferta de serviços hospitalares em Volta Redonda deve se aproximar bastante da demanda. No entanto, ele lembrou que a cidade se tornou referência regional em serviços particulares de saúde, e que, em pouco tempo, a demanda deverá estar novamente maior do que a oferta.
— Precisamos investir mais na atenção domiciliar e nos ambulatórios, para evitar que a demanda hospitalar cresça em demasia. O hospital deve ser reservado para os casos mais complexos — disse.
Expansão no litoral
Em 2019, a Unimed-VR assumiu o hospital da Unimed de Angra dos Reis. A primeira providência foi preparar projetos e adequar fluxo e atendimentos. Em janeiro, depois de adquirir a carteira de clientes da Unimed-Angra dos Reis, a cooperativa de Volta Redonda assumiu o Centro Cuidar daquela cidade.
— A média de atendimentos está em três mil por mês — disse.
Em Paraty, a Unimed-VR está construindo um Centro Cuidar. Tostes disse que a experiência na Costa Verde está sendo de aprendizado.
— São costumes e renda per capita diferentes, e ainda temos o atendimento a pessoas de fora, já que são cidades turísticas e as unidades são abertas, atendendo, além de clientes Unimed, os filiados a outros planos de saúde com os quais temos convênio — disse.
Competição
Tostes afirmou que a abertura do mercado de saúde para investidores estrangeiros trouxe empresas importantes, que adquiriram operadoras nacionais como a Intermédica e a Hapvida, além da Amil.
— A Amil se concentra nos grandes centros, enquanto Intermédica e Hapvida vão mais para o interior. Por enquanto, o Estado do Rio tem sido pouco atacado. As regiões Sul e Centro-Oeste são as mais importantes.
Projeto Orion
A Unimed-VR está lançando o Projeto Orion, que tem como objetivo unir as Unimeds de Três Rios, Valença, Volta Redonda, Barra do Piraí, Barra Mansa, Resende, Petrópolis e Nova Iguaçu para que elas se unam em uma cooperativa de cooperativas, chamada cooperativa de segundo grau.
Com isso, a área atendida teria cerca de quatro milhões de habitantes e diluiria riscos e custos administrativos.
— Após conversarmos e detalharmos o projeto, teremos de voltar às cooperativas e discutir com os cooperados, que precisam concordar para que ele seja implantado — afirmou Tostes.
Fonte: Diário do Vale