O Comitê Gestor de Gênero Dona Terezita, órgão do Sistema OCB/RJ, e o setor de Promoção Social do Sescoop/RJ realizaram nesta quarta-feira (9/12) no Youtube, a live “Saúdes Física e Mental: a busca pelo equilíbrio em tempos de pandemia” O objetivo foi debater as transformações provocadas pelo isolamento social e os desafios deste período e dar dicas para manter o bem-estar emocional e físico neste momento. Assista aqui
A transmissão contou com as participações da nutricionista Márcia Fraga (Espaço Saúde Nutrir), da psicanalista, mestra em Bioética e presidente da cooperativa Unifop, Jociane Coutinho, e do profissional de educação física e nutricionista, Marcelo Morone (Assessoria Esportiva Morone).
Na abertura do encontro, o presidente do Sistema OCB/RJ, Vinicius Mesquita, disse que é dever do cooperativismo levar informação à sociedade e que o momento atual requer reflexão, já que a necessidade do isolamento social pode criar fragilidades físicas e emocionais nas pessoas. O líder do cooperativismo fluminense ainda garantiu que as lives voltadas aos temas da saúde serão realizadas de forma contínua no ano de 2021.
Em seguida, a presidente do Comitê Gestor de Gênero Dona Terezita e da cooperativa Coopidade, Rosa Maria, explicou a atividade da equipe de gênero do Sistema OCB/RJ. Segundo ela, os trabalhos ocorrem desde 2008 levando informações sobre diversidade e igualdade de gênero, além de projetos de conscientização sobre a saúde da mulher e do homem para dentro do cooperativismo.
Coube à psicanalista Jociane Coutinho falar dos impactos emocionais que a pandemia causou nas vidas das pessoas.
“Foi uma mudança brusca na rotina. Todo mundo pagou um preço e teve de se adaptar a outro modo de funcionamento. De uma hora para outra passar a trabalhar em home office é um dos exemplos. Fora as incertezas e os medos que a doença causa. Um outro agravante é que quando um familiar ou amigo é contaminado pelo vírus, a distância se faz necessária para não haver contágio. E este isolamento é doloroso, porque não permite a oportunidade de demonstrarmos o carinho, o cuidar do próximo. E quando esta pessoa querida falece, ainda é preciso lidar com aquela tristeza profunda de não ter tido a oportunidade de último contato, de uma despedida. Muitas famílias estão sentido o luto causado pela Covid. Estas emoções não são fáceis. Mas ao menos, com a pandemia, descobrirmos uma nova forma de nos relacionarmos, esta por intermédio da tecnologia, que ao menos faz as pessoas se sentirem mais próximas”, disse Jociane.
O professor de educação física e nutricionista Marcelo Morone abordou os fatores de risco relacionados ao sedentarismo e falou da importância das atividades físicas especialmente em tempos de pandemia.
“A educação física tem o desafio de melhorar a saúde das pessoas por meio do exercício. Antes da pandemia, segundo pesquisas, o Brasil estava em primeiro lugar na América Latina em sedentarismo e era o 5º no mundo. Na média, 47% dos brasileiros eram sedentários. Certamente este número está maior agora porque as pessoas estão mais em casa e muitas alegam não terem se adaptado ao treinamento on-line. Então aquele corpo ativo, passou a ser inativo e isso é preocupante, já que o sedentarismo pode causar obesidade, diabetes e depressão. Para enfrentarmos uma doença com esta, as atividades devem ser feitas de forma leve a moderada, aliada à alimentação saudável, evitando principalmente produtos industrializados”, alertou Morone.
A nutricionista Márcia Fraga fez a correlação entre alimentação saudável e sistema imunológico.
“Se a pessoa consumir diariamente feijão arroz, carne, frutas e legumes conseguirá todos os nutrientes necessários para fortalecer o sistema imunológico sem precisar suplementar. E ter um sistema imunológico fortalecido contribui na atuação contra o coronavísrus. Não impede de a pessoa contrair o vírus, mas a chance de ficar debilitada é muito menor, em comparação com aquela que tem uma alimentação desregrada. Uma alimentação equilibrada, aliada à atividade física e ao descanso é o maior benefício que podemos fazer pela nossa saúde”, explicou Márcia.