Outubro Rosa: Live alerta mulheres sobre prevenção ao câncer de mama

O Comitê Gestor de Gênero Dona Terezita, órgão do Sistema OCB/RJ, em parceria com o setor de Promoção Social do Sescoop/RJ, promoveu na noite da última quinta-feira (27/10), a live “Saúde da Mulher e Outubro Rosa: um toque de informação, um toque de prevenção”. Assista aqui na íntegra.

A proposta foi conscientizar as mulheres sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama, alertar para os fatores de risco da doença, reforçar a importância do autoexame e da mamografia e explicar alguns tratamentos. Esses temas foram apresentados pelo Dr. Carlos Henrique, especialista em ginecologia e obstetrícia, professor de Ginecologia na Faculdade de Medicina de Campos RJ e coordenador de Oncologia da Prefeitura de Campos.

Além dele, a atividade contou com um depoimento de Sheila Bastos, analista de Gestão de Pessoas na Unimed Federação Rio.

Na abertura do evento, Rosa dos Santos – presidente do Comitê Gestor de Gênero Dona Terezita – destacou que a live é uma ação de utilidade pública.

“Trouxemos um especialista para falar todos os detalhes sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama. É necessário estarmos informados para saber por que e como nos prevenir”, disse.

Na sequência, o Dr. Carlos Henrique reforçou que apesar de a campanha de prevenção ao câncer de mama ocorrer somente no mês de outubro, o tema deve ser tratado durante o ano inteiro. Ele também apresentou uma pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), que apontou que somente em 2020, na distribuição proporcional dos 10 tipos de câncer mais incidentes nas mulheres brasileiras, o de mama ficou em 1º lugar, com 29,7% dos casos.

“As mulheres devem fazer o autoexame mensalmente. Uma indicação é realizar após o ciclo menstrual, pois as mamas estão menos doloridas. Isso faz com que conheçam ainda mais o corpo e percebam qualquer alteração. Nesse caso, a recomendação é procurar um médico imediatamente. Infelizmente, temos algumas mulheres, nas faixas de 60, 70 anos, que não têm esse entendimento e escondem alguns sintomas, o que dificulta o tratamento, pois o diagnóstico acaba ocorrendo com a doença num estágio avançado. Importante lembrar que o autoexame não substitui a necessidade de se realizar também a mamografia”, alertou o Dr. Carlos Henrique, que deu mais dicas de alguns fatores que contribuem para a prevenção.

“Alimentação nutritiva e práticas de atividade física são fatores importantes para uma vida saudável. Também deve-se evitar o consumo excessivo de álcool e cigarro”, explicou.

Em relação aos tratamentos, Dr. Carlos Henrique citou a mastectomia – que consiste na retirada cirúrgica de toda a mama – e a hormonioterapia – técnica que agride menos o corpo em relação à quimioterapia e atua na inibição do crescim​ento do câncer pela retirada do hormônio da circulação – chamada de ‘privação.’

Depoimento

A participação de Sheila Bastos, de 46 anos, foi um dos pontos altos da transmissão. Diagnosticada com câncer de mama em julho deste ano, ao se preparar para fazer uma cirurgia estética, ela teve de fazer mastectomia bilateral (retirada total de ambas as mamas) e atualmente está na quarta sessão de quimioterapia, de um total de oito, para, em seguida, iniciar a radioterapia.

A força para superar a doença, ou como ela se refere “mais uma pedrinha na vida”, vem da fé em Deus, da família, da vontade de viver e do sorriso constante.

“Quando acordo, agradeço a Deus por mais um dia. Tenho uma família maravilhosa e meu sorriso pede felicidade. Quando vejo algo em mim se encaminhando para a desmotivação, busco o sorriso. A doença não destruiu a minha certeza de viver, quero ver meu netinho crescer, meu filho se desenvolver. Existe vida após o diagnóstico de câncer de mama. Encaro isso apenas como mais uma pedrinha dentre tantas outras que apareceram na minha vida e foram superadas”, disse Sheila, que é casada com o médico oncologista Dr.Alberto Palma e é mãe da Cinthia (28 anos), do João Vitor (27 anos) e do Davi Lucca (8 anos) e avó do pequeno Matheus, de apenas 8 dias.

Adepta de uma vida ativa em casa e no trabalho, Sheila tem no pensamento positivo outro grande aliado.

“Não aceito estar doente e que ninguém me trate como tal. O câncer esteve em mim, a cirurgia foi feita e o tumor não está mais. É assim como eu encaro a situação. Sou uma mulher de muita fé em Deus e sei que Ele está no controle. E quando tenho oportunidade, compartilho essa minha história, pois posso ajudar muitas pessoas que estão na mesma situação”, explica.

Picture of Bruno Oliveira

Bruno Oliveira

Coordenador de Comunicação e de Tecnologia da Informação do Sistema OCB/RJ.