Sua Coop quer crescer? Nós te ajudamos!

Crescer de forma sustentável e contínua é um desafio e tanto. Porém, o crescimento esbarra na falta de capacidade de investimentos. Isso ocorre com empresas comuns, e com cooperativas não é diferente! Inúmeras instituições cooperativistas estão estagnadas e impedidas de crescer justamente por falta de recursos.

O Sistema OCB/RJ, visando o desenvolvimento das coops fluminenses criou o Programa de Acesso ao Crédito para as Cooperativas, que conecta instituições cooperativistas com cooperativas financeiras possibilitando uma intercooperação que viabilizar as iniciativas a serem implementadas pela empresa demandante.

Uma das vantagens é o fato de que as cooperativas de crédito oferecem produtos de crédito semelhantes a um agente financeiro comum, como cartões de crédito, financiamentos e empréstimos para capital de giro, com o objetivo de promover o desenvolvimento regional por meio do próprio interesse da comunidade. Além disso, elas possuem isenção de  tributação como CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), PIS (Programa de Integração Social) e Cofins, visto que são uma organização sem fins lucrativos, o que garante melhores condições de crédito.

Para garantir o crédito é preciso fazer parte da cooperativa e realizar a compra de uma cota, que costuma ser de aproximadamente 100 reais, bem como participar das decisões em assembleias como sócio.

Por meio do Programa, fortalecemos as cooperativas, mas, também, o desenvolvimento socioeconômico da região em que a coop está localizada. São recursos que ficam na região! Porém, durante o processo para obter crédito é importante que cooperativas tenham alguns requisitos para que seja possível o acesso aos recursos, como:

  • Plano de Negócios;
  • Condições cadastrais;
  • Disponibilidade de garantias reais;
  • Contrapartida de recursos próprios;
  • Faturamento comprovado;
  • Situação de regularidade dos impostos;
  • Saúde financeira da empresa;
  • Competitividade do negócio;
  • Experiência e competência empresarial dos administradores;
  • Tempo de atividade da empresa.

E todo esse apoio será dado pelo Sistema OCB/RJ, por meio de seu corpo técnico. Caso não seja possível investimento por meio de cooperativas de crédito, a iniciativa buscará recursos por meio de agências de fomento, como a AgeRio e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

 

A importância do Acesso ao Crédito

Em 2020, um dos instrumentos fundamentais para reduzir os efeitos do choque sanitário no Brasil foi a ampliação da oferta de crédito às empresas, especialmente às micro e pequenas, responsáveis por 29% do PIB brasileiro, 70% do emprego e 44% da massa salarial, conforme cálculos do Sebrae para 2019. No primeiro ano da pandemia, a concessão de crédito total para as empresas no Brasil cresceu cerca de 30% em relação a 2019; no caso das microempresas, essa alta chegou a 51%.

 

Crescimento da carteira de crédito total na pandemia, por porte de empresas


Fonte: BCB.

 

Liberações em 2020 nas linhas Pronampe, Peac (FGI e Maquininhas) e CGPE

 

Vantagens do acesso ao crédito para empresas

1. Expandir o negócio

Provavelmente, o motivo mais óbvio para considerar o crédito para empresas é investir na expansão dos seus negócios. O crescimento da empresa pode ajudar a garantir que os seus lucros não estagnem ou encolham. Sabe-se que um crescimento adicional exige mais investimentos, que pode ocorrer por meio de publicidade, novas propriedades, reformas de edifícios e aumento do tamanho da equipe. O crédito para empresas pode ajudá-lo a cobrir os recursos necessários para expansão sem consumir as reservas financeiras da empresa.

2. Incrementar o estoque

Um dos maiores e mais difíceis aspectos de gerenciar gastos em muitos setores é o estoque. É preciso expandir e reabastecer continuamente o seu inventário para acompanhar a demanda e fornecer outras opções para os seus clientes. Essa despesa é ainda mais difícil quando a sua empresa exige um estoque sazonal. Ao recorrer a um crédito para empresas para compensar os custos de estoque, você pode ficar à frente das tendências e da demanda dos clientes sem prejudicar o seu fluxo de caixa.

3. Dar atenção ao fluxo de caixa

O fluxo de caixa é sempre um desafio para uma pequena empresa e pode ser um problema quando você lida com clientes que não pagam por serviços ou tem um estoque não vendido que precisa ser movido para trazer novos produtos. Esses problemas são ainda maiores quando você considera os custos regulares de estoques, equipe, serviços públicos e aluguel ou hipoteca. Um empréstimo de curto prazo fornece dinheiro para ser usado em suas despesas operacionais regulares e pode ajudar a sua empresa a se manter, quando os lucros são baixos. Ao garantir que o dinheiro flua pelo seu negócio, você pode continuar a atrair novos clientes para gerar receita e compensar outras perdas.

4. Investir em equipamentos

Toda empresa usa algum tipo de equipamento em sua rotina produtiva. Normalmente, ele é caro, desgasta e fica desatualizado ao longo do tempo. Despesas e investimentos não planejados, como reparo ou substituição de equipamentos quebrados, podem prejudicar o seu orçamento e, às vezes, continuar sem ele não é uma opção. Equipamentos quebrados ou defeituosos também podem aumentar a sua responsabilidade e afastar clientes que precisam de serviços confiáveis, o que custa mais dinheiro a longo prazo.

Os créditos podem ajudá-lo tanto para gerenciar as despesas de manutenção como para o investimento em equipamentos que permitirão que você faça o seu trabalho e forneça a melhor experiência para os seus clientes. Ele também pode contribuir para manter os seus negócios atualizados com as novas tecnologias que aprimoram os seus serviços e a interação com os clientes.

5. Valorizar talentos

Qualquer empresa precisa investir nos seus talentos internos, para evitar desgastes entre as diversas áreas que podem afetar a empresa como um todo. A retenção de talentos é um dos desafios das empresas. Manter profissionais qualificados e motivados só oferece benefícios, uma vez que diminui custos, aumenta a produtividade e evita a perda de bons profissionais. Por isso, algumas empresas optam por investir dinheiro em seus talentos e em novos talentos, por acreditarem que essa é uma maneira de manter os seus negócios competitivos e inovadores.

6. Construir crédito para empresas

Se você planeja efetuar um empréstimo com grande volume de recursos no futuro para expandir os negócios ou atualizar os equipamentos, pode ser bom contratar um com menor valor primeiro, especialmente se a sua empresa não tiver um histórico de crédito. O primeiro empréstimo que você contrai para a sua empresa provavelmente terá piores condições, porque você ainda não criou o seu histórico de crédito e as taxas de juros poderão ser mais altas. Uma estratégia para que você obtenha melhores condições em um empréstimo de maior valor  é obter um pequeno e fácil de reembolsar.

Quando você paga o pequeno empréstimo rapidamente, isso pode significar que você será capaz de fazer um acordo melhor quando precisar de outro maior no futuro. Considere usar o seu primeiro empréstimo comercial para um pequeno equipamento que facilitaria a vida, mas não comprometeria o orçamento. Então, quando precisar comprar algo grande, você terá um histórico de crédito forte para ajudá-lo a se qualificar para obter as melhores taxas.

Naturalmente, nenhuma indústria de pequeno porte deve assumir dívidas desnecessárias, mas há momentos em que o crédito para empresas é a decisão certa para manter o seu negócio em funcionamento ou melhorar os resultados.

Conheça as Linhas de Crédito do Governo

1. Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte)

Esse é um programa do Governo Federal, instituído pela Lei nº 13.999, de 18 de maio de 2020, que foca no desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte, como medida provisória durante a pandemia. Posteriormente, em junho de 2021, ele foi alterado para permitir o seu uso permanente.

As linhas de crédito do governo podem ser usadas em investimentos para comprar máquinas e equipamentos, realizar reformas ou como Capital de Giro, por exemplo.

O prazo máximo de quitação do crédito cedido pelo Pronampe é de 48 meses!

Por fim, os operadores que adotarem esse programa, vão conseguir a garantia do Fundo Garantidor de Operação – FGO, que foi regido pela lei 12.087 de 2009 e administrado pelo Banco do Brasil, em até 100% do valor de cada operação garantida.

Como solicitar, quais as instituições que podem oferecer o crédito Pronampe e as regras gerais para essa linha de crédito.

2. CREDMEI-CREDMPE (Programa de Simplificação do Acesso a Produtos e Serviços Financeiros para os Pequenos Negócios)

Aqui temos uma linha de crédito que dá acesso a várias soluções para micro e pequenas empresas, MEIs e artesãos. Alguns exemplos disso são:

  • Cartão de crédito ou débito;
  • Conta corrente para pessoa jurídica;
  • Antecipação de recebíveis;
  • Crédito para compra de mercadorias, insumos ou matérias-primas;
  • Investimentos;
  • Capital para compra de máquinas, equipamentos, móveis ou utensílios de produção;
  • Máquinas de débito e crédito;
  • Dinheiro para ampliar o negócio;
  • Seguros para o seu negócio ou família;
  • Crédito para compra de veículos.

Enfim, o programa dá acesso a serviços e produtos mais adequados ao seu perfil. Para isso, você precisa criar uma solicitação que é enviada às instituições financeiras do CREDMEI-CREDMPE.

O maior diferencial aqui é que você pode entrar em contato com diversas instituições através de um sistema 100% online, o que ajuda a ter mais autonomia de tempo e dinheiro.

3. BNDES (Crédito para Pequenas Empresas)

Por último, o crédito do BNDES é destinado às micro, pequenas e médias empresas, além de empresários individuais (EI). Vale lembrar que as médias empresas com faturamento até R$ 90 milhões também fazem parte.

Essa linha de crédito surgiu em 2019 e foca na manutenção e/ou geração de empregos no limite de R$ 10 milhões por ano, além das necessidades das empresas em sua rotina de trabalho.

É bom destacar que essa é uma linha indireta, então as soluções são aplicadas pelos Agentes Financeiros Credenciados.

Por outro lado, os seguintes itens não são financiáveis:

  • Aquisição de terrenos e desapropriações;
  • Qualquer gasto que envolva a remessa de divisas: isso inclui a taxa de franquia paga no exterior;
  • Aquisição de animais para revenda;
  • Máquinas, equipamentos e bens de informática e automação, que já foram financiados pelo BNDES.

A Taxa de Juros é composta por:

  • Custo financeiro: TFB, TLP ou Selic;
  • Taxa do BNDES: 1,25% ao ano*;
  • Taxa do agente financeiro: negociada entre a instituição e o cliente;
  • Prazos: 1 a 5 anos, incluindo a carência de até 2 anos.

Também vale lembrar que a garantia é de livre negociação entre as partes envolvidas. Você poderá complementar a garantia utilizando o BNDES FGI (Fundo Garantidor do Investimento).

Para solicitar esse benefício entre as linhas de crédito do governo, basta enviar o seu pedido pelo Canal MPME.

Conheça as Linhas de Crédito do Governo no setor Rural

crédito rural é um financiamento destinado a produtores rurais, cujas atividades envolvam a produção e/ou comercialização de produtos do setor agropecuário. Existem diversas instituições que  disponibilizam linhas de crédito adequadas às necessidades do produtor rural que deseja investir em seu agronegócio e aumentar a sua produção agropecuária, fora isso, também existem diferentes tipos de crédito rural. Conheça os principais:

1. Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar)

O Pronaf é uma das linhas de crédito do governo que busca financiar os custos em desenvolvimento ou modernização da produção, beneficiamento e industrialização de serviços no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas.

Tudo isso, com foco na geração de renda e melhora do uso da mão de obra familiar.

Além disso, por ser um programa bastante complexo, existem alguns produtos de acordo com o seu perfil:

Pronaf Agroindústria

Ele é destinado aos agricultores e produtores rurais familiares, pessoas físicas e jurídicas e cooperativas para investimento em beneficiamento, armazenagem, processamento e comercialização agrícola, extrativista, artesanal e de produtos florestais. Além de oferecer apoio ao turismo rural.

Pronaf Mulher

Nesse caso, temos uma das linhas de crédito na qual o foco está na mulher agricultora que integra a unidade familiar de produção indicada no Pronaf, independente do seu estado civil.

Pronaf Agroecologia

Agora o foco é nos sistemas de produção agroecológicos ou orgânicos, incluindo-se os custos relativos à implantação e manutenção do negócio.

Pronaf Bioeconomia

Investimento na utilização de tecnologias de energia renovável, armazenamento hídrico, pequenos aproveitamentos hidroenergéticos, silvicultura, adoção de práticas de conservação, correção da acidez e fertilidade do solo, para recuperar a sua capacidade produtiva.

Pronaf Mais Alimentos

Crédito para estruturar a produção e os serviços, a fim de aumentar a produtividade e a renda da família.

Pronaf Microcrédito (Grupo “B”)

Ainda com o mesmo grupo de pessoas que os demais programas, mas aqui é preciso obter uma renda bruta familiar de até R$ 20 mil, nos 12 meses de produção que antecedem a Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP).

Pronaf Jovem

O foco está na produção, porém, diferente das outras linhas de crédito do governo, ele é restrito às pessoas com a idade entre 16 e 29 anos.

Pronaf Cotas-Partes

Por fim, essa linha de crédito integra melhor as cotas-partes de beneficiários do Pronaf, que são associados às cooperativas de produção rural. Aqui, o dinheiro é destinado ao Capital de Giro, custeio ou investimento.

Lembrando que os pedidos neste programa, para operações com taxa de juros de até 4,5% ao ano, encontra-se suspenso.

2. Pronamp

Tem como objetivo o custeio e os investimentos dos médios produtores rurais em atividades agropecuárias. Ou seja, quem pode solicitar são os proprietários rurais, posseiros, arrendatários ou parceiros que tenham, no mínimo, 80% de sua renda bruta anual com origem na atividade agropecuária ou extrativa vegetal, além disso renda bruta anual de até R$ 2,4 milhões.

Por fim, os aprovados ficam impedidos de receber outro crédito fora do Pronampe, durante o mesmo ano agrícola.

O que pode ser financiado?

  • Construção, reforma ou ampliação de instalações;
  • Obras de irrigação, açudagem e drenagem;
  • Florestamento, reflorestamento e destoca;
  • Formação de lavouras;
  • Rede elétrica e telefonia rural;
  • Aquisição de equipamentos para medição de lavouras;
  • Despesas com projeto ou plano;
  • Formação ou recuperação de pastagens;
  • Reforma de máquinas, tratores, veículos e equipamentos, bem como aquisição de acessórios ou peças de reposição;
  • Aquisição de veículos, tratores, colheitadeiras, implementos e aeronaves, desde que destinados à atividade;
  • Proteção, correção e recuperação do solo, assim como a aquisição, transporte e aplicação dos insumos;
  • Instalações, máquinas e equipamentos.

Da mesma forma, é bom destacar que os bens financiados precisam ser novos e credenciados pelo BNDES, ou importados sem similar nacional.

Quando o assunto é valor máximo, isso pode variar um pouco em relação às demais linhas de crédito do governo:

  • Empreendimento individual: até R$ 430 mil por ano-safra e em todo o Sistema Nacional de Crédito Rural.
  • Empreendimento coletivo: até R$ 150 milhões, respeitando o limite individual de R$ 430 mil por participante.

É possível solicitar mais de uma linha de crédito para a mesma pessoa, durante o ano, desde que seja comprovada a demanda do valor para determinada atividade e a capacidade de pagamento. Além disso, a soma dos valores não pode passar o limite de crédito.

Como solicitar?

  • Apoio indireto: antes de mais nada procure o Agente Financeiro de sua preferência, que analisará a concessão do crédito para negociar as garantias. Se o tomador possuir um negócio de micro, pequeno ou médio porte, é possível enviar o pedido pelo Canal MPME. Por fim, a operação será enviada ao BNDES para liberação dos recursos.
  • Apoio direto: empresas que faturam mais de R$ 40 milhões, com pedidos de crédito acima de R$ 10 milhões. Antes do envio do pedido de apoio direto, é preciso que o cliente tenha habilitação junto ao BNDES.

Em relação à taxa de juros, pelo Pronamp investimento é prefixada no valor de 6,5% a.a. Em seguida, no Pronamp custeio a taxa é prefixada em 5,5% a.a. Além disso, o prazo para quitação é de até 8 anos, incluindo carência de até 3 anos.

3. Funcafé (Sistema de Operacionalização das Linhas de Crédito do Governo do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira)

Essa linha de crédito envolve o custeio da safra de café (insumos, defensivos, fertilizantes, mão de obra e colheita das lavouras de café) e Capital de Giro para indústria de café solúvel, torrefação de café e cooperativa de produção.

Para obter esse crédito, é preciso entrar em contato com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

Quais são os limites de crédito?

Para custeio

  • Cafeicultor: até R$ 3 milhões de reais em cada ano agrícola e no Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR);
  • Cooperativas de produção: até R$30 milhões de reais, com base no limite de R$500 mil reais por associado;
  • Juros: 5,25% a.a.;
  • Prazo: até 14 meses.

Para Capital de Giro

  • Indústria de café solúvel: até R$40 milhões de reais por ano agrícola;
  • Indústria de torrefação de café: até R$5 milhões de reais por ano agrícola;
  • Cooperativa de produção: até 25% do volume de cafés, por safra, recebidos até 30 de setembro de cada ano, multiplicado pelo preço mínimo vigente, com base no teto de R$50 milhões de reais;
  • Juros: 6,75% a.a.;
  • Prazo: até 24 meses.

 

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Richard Hollanda

Analista de Comunicação e Tecnologia do Sistema OCB/RJ. Graduado em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida (UVA) e pós-graduado em Administração em Marketing e Comunicação Empresarial pela UVA.