Sistema OCB e BNDES se unem para fortalecer o cooperativismo

O Sistema OCB participou de reunião institucional com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e dirigentes dos sistemas Sicoob, Sicredi, Cresol e Ailos em 27 de outubro. O encontro discutiu propostas para o fortalecimento do cooperativismo, em especial o Ramo Crédito. Participaram da reunião o presidente Márcio Lopes de Freitas, a superintendente Tânia Zanella, a gerente de Relações Institucionais Clara Maffia, e o diretor da região Sul e presidente da Ocepar, José Roberto Ricken.

O saldo foi positivo e contou com o comprometimento e parceria do banco com o cooperativismo. Mercadante afirmou que o movimento promove a inclusão produtiva e financeira do Brasil e afirmou que dará encaminhamento às demandas apresentadas. “Temos um verdadeiro compromisso com o modelo cooperativista e com o que ele representa para a inclusão produtiva e financeira no Brasil. Queremos ser parceiros para valer”, declarou.

Márcio Freitas destacou a preocupação das cooperativas com o desenvolvimento social e econômico do país e a importância da parceria entre o Sistema OCB e o BNDES.  “Nossa missão é promover um crescimento sustentável que beneficie a todos os cooperados. Trabalhar em conjunto com o BNDES é um passo muito importante para alcançar nossas metas”, declarou.

Tânia Zanella também reforçou a importância do cooperativismo para a economia. “O cooperativismo promove prosperidade, une o desenvolvimento econômico e social. Quando os cooperados trabalham de forma coletiva, possuem a capacidade de transformar comunidades, impulsionar o desenvolvimento e criar bases sólidas para um país mais cooperativo”, disse.

A principal demanda apresentada foi o pedido de atualização do Programa de Capitalização para Cooperativas de Crédito (Procapcred), que visa fortalecer a estrutura patrimonial das cooperativas de crédito. As sugestões incluem a ampla participação de todos os cooperados, o fortalecimento das estruturas patrimoniais, principalmente em regiões com baixo índice de bancarização, e a promoção do segmento como alternativa ao mercado bancário, com oferta de crédito a preços mais justos.

Também foram abordadas propostas que envolvem o cooperativsmo agropecuário com o intuito de  estimular as linhas de investimento relacionadas à agregação de valor e armazenagem. O  Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e o (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecocop) receberam sugestões para aumentar os recursos disponíveis e os limites por cooperativa.

José Ricardo Ricken considerou a relevância do cooperativismo de crédito e suas contribuições para o desenvolvimento econômico de áreas rurais, em que as cooperativas possuem um importante papel no apoio aos agricultores e empreendedores locais. “Elas oferecem suporte financeiro às comunidades de regiões rurais e ampliam as oportunidades de investimento nesse segmento, o que proporciona uma economia mais igualitária e competitiva”, reiterou.

Capilaridade

Os representantes dos sistemas cooperativos financeiros apresentaram um panorama do cooperativismo de crédito no Brasil. Ênio Meinem, diretor da Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais do Centro Cooperativo Sicoob, explicou que o segmento está em ascensão, com 728 cooperativas e mais de 15 milhões de associados. Ele esclareceu também que o ramo  conta com uma rede de mais de 9 mil pontos de atendimento. “Isso no torna a maior rede de atendimento físico entre as instituições financeiras no país. As operações de crédito realizadas pelos cooperados somaram R$ 87,5 bilhões em economia somente em 2022”, elucidou.

Ivo José Bracth, diretor executivo da Central Ailos, apontou que uma das maiores conquistas do cooperativismo de crédito é a capacidade de atuar em municípios menores, rurais e afastados. “Em comparação com os bancos tradicionais, as cooperativas conseguem atender o dobro de municípios com dificuldades de bancarização. Isso demonstra a importância vital das cooperativas de crédito na promoção da inclusão financeira e no apoio a comunidades economicamente desfavorecidas”, declarou.

O segmento também ostenta bons indicadores de sustentabilidade, inclusão, cidadania e justiça financeira. Cledir Magri, presidente da Cresol, citou o impacto econômico gerado pelo cooperativismo. “O Sistema Cresol, atua em mais de 3 mil municípios, assessorando mais de 7,8 mil empreendimentos, com mais de R$ 24 milhões de investidos em acompanhamento técnico e assessoria de gestão”, afirmou.

Por sua vez, César Gioda Bochi, diretor presidente do Sicredi, falou sobre a presença nacional e atuação local da instituição. Ele assegurou que, como representantes do cooperativismo no Brasil, o sistema compartilha a visão de um país focado em cooperação, desenvolvimento sustentável e prosperidade para todos. “Esse trabalho reflete o nosso compromisso com a construção de um país mais próspero e acessível. Nós impulsionamos o crescimento socioeconômico por meio de 105 cooperativas e mais de 7 milhões de associados”, contou.

Fonte: Somos Cooperativismo/Sistema OCB

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Richard Hollanda

Analista de Comunicação e Tecnologia do Sistema OCB/RJ. Graduado em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida (UVA) e pós-graduado em Administração em Marketing e Comunicação Empresarial pela UVA.