Em Cachoeiras de Macacu, Gilvan Bueno — professor da FGV Educação Executiva e ex-executivo de instituições como Itaú, BTG e XP — trouxe estratégias práticas para aumentar os ganhos e o impacto econômico das cooperativas em suas comunidades.
Na palestra “Como aumentar o índice de aproveitamento de produtos por cooperado”, ele destacou a relevância do cooperativismo para o desenvolvimento econômico do país, reforçando que esse processo começa em cada cooperativa.
Segundo ele, os empreendedores cooperativos precisam conhecer pessoas e construir parcerias. A construção de parcerias envolve três pontos fundamentais:
- Mostrar interesse genuíno pelas pessoas, com atendimento humanizado. O objetivo de venda não deve se sobrepor ao relacionamento;
- Sorrir, pois o simples gesto abre portas e reduz resistências;
- Chamar as pessoas pelo nome, como sinal de respeito e atenção.
Bueno também relacionou prosperidade ao pensamento positivo. “Não conte histórias tristes, as pessoas não estão realmente interessadas nelas. Conte como você está se destacando e o que faz”, aconselhou.
Para ele, prosperidade e cooperativismo caminham juntos, já que o modelo cooperativo acelera a capacidade de aumentar a renda familiar. As gerações Z e Alpha, nascidas a partir de 1995, são as que mais necessitam desse modelo, devido ao custo de vida cada vez mais alto. “É preciso ter preço justo para que as gerações se desenvolvam, e para ter preço justo é preciso ter cooperativismo”, explicou.
O acesso ao crédito acessível também é essencial para investir e ampliar a renda. Nesse sentido, programas como o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), o PRONAMP (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) e linhas de crédito para empresas e empreendedores podem ser grandes aliados.
As cooperativas de crédito têm papel central nesse processo, pois se diferenciam dos bancos. “No banco, não há interesse pela comunidade, você é apenas um número. Na cooperativa de crédito, você é uma pessoa”, destacou.
Ao encerrar a palestra, Bueno apresentou três recomendações para que as cooperativas sejam reconhecidas em suas cidades e vistas como essenciais pela população: realizar um diagnóstico de presença e percepção no território; promover ações de integração, como comunicação, eventos e causas; e monitorar o impacto, avaliando crescimento, fidelização e sobras.
Gilvan Bueno retornará ao Circuito Rio+Coop em outras cinco oportunidades gratuitas. Na próxima sexta-feira, 29 de agosto, o especialista em mercado financeiro estará presente na segunda rodada do evento, em Nova Iguaçu.