Os negócios de plataforma – aqueles que utilizam aplicativos para solicitar um serviço – são tendências no mundo atual. E foi pensando em apresentar este modelo pelo viés cooperativista, que o Sescoop/RJ promoveu em sua sede no dia 27 de setembro, a Palestra “Cooperativismo de Plataforma – Potencialidades do setor baseados em negócios digitais.” O tema, inclusive, será um dos destaques do Hacking.Rio, festival de cultura digital que reunirá especialistas em inovação, tecnologia e negócios, de 18 a 20 de outubro, no Rio de Janeiro.
O encontro reuniu empresários, empreendedores, investidores, representantes de universidades, programadores e designers interessados em conhecer o modelo de atuação do cooperativismo.
O palestrante foi o superintendente do Sescoop/RJ, Abdul Nasser, que inicialmente apresentou os números do segmento, presente em 100 países, congregando 1 bilhão de pessoas e gerando mais de 250 milhões de empregos.
Ao falar sobre o Cooperativismo de Plataforma, Abdul deu alguns exemplos, tais como o Resonate – Plataforma cooperativa de música por stream, em que os donos são os usuários, e a remuneração dos artistas é muito superior ao que é pago por plataformas tradicionais; Stocksy – Banco cooperativo de imagens de alta qualidade, com base no compartilhamento justo dos lucros e na copropriedade: todos os fotógrafos têm voz na gestão; e Fairmondo – Cooperativa de comércio online em que os funcionários e usuários são os donos.
Em seguida, citou o professor Trebor Scholz, idealizador do conceito de Cooperativismo de Plataforma e autor do livro sobre o tema.
“O professor Trebor Scholz fala que o cooperativismo é o modelo de negócios capaz de tornar mais justas as novas relações de trabalho impostas pelo “ubercapitalismo” – nova onda capitalista que não oferece direitos e benefícios ao trabalhador, pois visa ao extremo o enriquecimento dos donos dessas plataformas. No cooperativismo, ao contrário, não há exploração de mão de obra e toda a renda é revertida para os cooperados, que são os próprios donos do negócio”, explicou Abdul, que vê o cooperativismo de plataforma pautado em três pilares: educação formal, tecnologia e empreendedorismo.
Após a palestra, os participantes fizeram perguntas sobre o cooperativismo em geral, com destaque aos procedimentos para constituição de cooperativas, modelos de atuação e segmentos econômicos existentes.
Reportagem: Comunicação do Sistema OCB/RJ