Cooperativistas têm reunião com novo ministro da Infraestrutura

Representantes do setor cooperativista se reuniram nesta quarta-feira, em Brasília, com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas para tratar de questões relacionadas ao transporte rodoviário de cargas.

Dentre os assuntos abordados estiveram o tabelamento mínimo de fretes e a manutenção da boa interlocução com o Ministério e com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Também estiveram presentes na reunião o secretário executivo da pasta, Marcelo Sampaio, e representantes da ANTT e de empresas transportadoras.

O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, e o diretor da OCB na região Sul, José Roberto Ricken (presidente do Sistema Ocepar), destacaram dentre outros aspectos a busca pelo equilíbrio dos interesses entre as cooperativas de transporte, que oferecem seus serviços, e as cooperativas agropecuárias, que os contratam.

Durante a audiência, os cooperativistas entregaram ao ministro um estudo técnico, encomendado pela OCB em 2018, ao Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG), institucionalmente ligado ao Departamento de Economia, Administração e Sociologia da ESALQ/USP. O documento apresenta uma proposta de consenso entre os interesses das cooperativas que contratam e daquelas que prestam os serviços de transporte rodoviário de cargas no país.

O ministro, por sua vez, informou que o Governo Federal acaba de contratar a elaboração de um estudo similar, ao mesmo grupo, e que o documento apresentado pelos cooperativistas contribuirá bastante para encontrar uma solução à questão.

ERA DE DIÁLOGO

Tarcísio Freitas fez questão de ressaltar que o novo governo está disponível para dialogar e que as portas do Ministério estão abertas a todos aqueles que querem contribuir com o desenvolvimento do país. Sobre o cooperativismo, o ministro frisou que conta com as cooperativas e com o Sistema OCB como “sócios” na busca por soluções e nas tomadas de decisão.

Segundo ele, é intenção do governo incentivar o modelo cooperativo no setor rodoviário. Para o ministro, a cooperativa garante muito mais força para negociar em nome de seus cooperados. “Acredito muito no cooperativismo e nos ganhos de escala que advém desse modelo de negócio”, argumenta.

Com relação aos aplicativos de transporte de passageiros, Tarcísio Freitas acredita que eles podem ser coordenados por cooperativas e não, necessariamente, pelas empresas que, atualmente, operam no mercado.

DESAFIOS

Dentre os desafios de sua gestão, Tarcísio enfatizou ter “planos audaciosos, porém possíveis”, dentre eles, promover transporte ferroviário e de cabotagem, segurança nas rodovias, aumentar a renda dos motoristas, desburocratizar normas e processos, reduzir custos e eliminar a insegurança jurídica para os transportadores.

Fonte: Somos Cooperativismo

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Bruno Oliveira

Coordenador de Comunicação e de Tecnologia da Informação do Sistema OCB/RJ.