Enquanto o mundo segue cada vez mais acelerado, as inovações para o desenvolvimento buscam o equilíbrio com a preservação dos recursos naturais. Para discutir como o modelo de negócios cooperativista tem contribuído para a geração de uma economia mais sustentável, o Sistema OCB realiza de hoje a quarta-feira (30/10), em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Seminário Internacional Cooperativismo e os ODS.
A gerente-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem em Cooperativismo (Sescoop), Karla Oliveira destacou que, por essência, as coops são aliadas naturais da ONU na erradicação da pobreza extrema no mundo, conforme prevê sua Agenda 2030. “Um dos propósitos do cooperativismo, senão o maior propósito, é tornar o mundo um lugar mais justo e equilibrado e com melhores oportunidades para todos. Sem dúvida alguma, esse grande propósito é totalmente convergente com a agenda de desenvolvimento sustentável”, afirmou a gerente-geral do Sescoop, Karla Oliveira.
“Temos buscado, nos últimos anos, trabalhar de forma cada vez mais alinhada com esse tema, adensando essa parceria especial com a ONU. Para nós, não há dúvidas: as cooperativas já trabalham para que essa transformação ocorra”, concluiu Karla. A representante do Sistema OCB também adiantou que a entidade passa por um processo de reformulação de suas estratégias de atuação, onde as metas de desenvolvimento sustentável terão uma marca ainda mais forte.
Nesse primeiro dia de debates, foram discutidas a parceria entre a OCB e o PNUD e a contribuição que o cooperativismo tem apresentado para que sejam alcançadas as metas de desenvolvimento sustentável.
URGÊNCIA
Esse é um momento chave da implementação da Agenda 2030 e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, segundo o coordenador-residente da ONU no Brasil, o embaixador Niky Fabiancic. “Teremos somente uma década para reduzir significativamente a pobreza e a fome, promover o crescimento econômico justo e sustentável, criar condições mais igualitárias para o pleno desenvolvimento de todos os seres humanos e desenvolver sistemas de produção que aproveitem tudo o que o planeta nos oferece sem que esses recursos se esgotem”, alertou Fabiancic.
Segundo o embaixador, as ações devem, portanto, ser intensificadas e tratadas com urgência para que as metas sejam alcançadas; e o Sistema OCB tem atuado nas mais diversas esferas para promover cada vez mais a produção sustentável.
DIA C
Por meio de ações como o Dia de Cooperar, conhecido como Dia C, as unidades estaduais e as cooperativas levam às comunidades onde estão inseridas atividades que destacam, por exemplo, como ter uma produção geradora de riquezas, mas ao mesmo tempo que respeite o meio ambiente. Além disso, o Dia C também estimula o desenvolvimento de iniciativas voluntárias, transformadoras e que reflitam o interesse das cooperativas com a comunidade local.
COOPERAÇÃO
O Acordo de Cooperação Técnica assinado entre o Ministério da Agricultura e o Sistema OCB foi apresentado como uma das estratégias de atuação que visa, por meio da intercooperação e da internacionalização, promover o crescimento das cooperativas. O programa, segundo o diretor do Departamento de Cooperativismo e Acesso a Mercados do Mapa, Márcio de Andrade Madalena, está alinhado aos ODS.
“O papel do Brasil como fornecedor de alimentos, fibra, energia, fitofármacos, por exemplo, é um papel relevante. Uma discussão de uma nova economia”, afirmou o coordenador de Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kleber Santos. Essa economia, segundo ele, cresce cada vez mais forte e é importante que siga por um caminho mais sustentável.
Após conhecerem um pouco mais sobre como está estruturado o modelo de negócio cooperativo no Brasil e as ações alinhadas com a Agenda 2030, os representantes de organizações cooperativistas da Mongólia, Paraguai e da Aliança Cooperativa Internacional para as Américas (ACI) apresentaram suas principais ações.
PARTICIPAÇÃO INTERNACIONAL
Além de representantes de Botsuana, China, Colômbia, Congo, Guiné Bissau, Mongólia, Nepal, Paraguai, Quênia, Uganda, Uruguai, Tadjiquistão e Zimbábue, participaram do primeiro dia do worshop o representante-residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Carlos Arboleda; o coordenador de Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kleber Santos; o diretor do Departamento de Cooperativismo e Acesso a Mercados do Mapa, Márcio de Andrade Madalena; o representante da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), André Barros; e o coordenador-residente da ONU no Brasil, o embaixador Niky Fabiancic.
FOTOS
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